
Operação Fim do Silêncio combate abuso infantil em Gravataí 714n60
A ação contou com a participação de 60 policiais civis e resultou no cumprimento de 15 ordens judiciais, entre mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão 2p2j30
Gravataí – A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas, deflagrou nesta quinta-feira (29) a Operação Fim do Silêncio, com o objetivo de prender suspeitos de crimes sexuais e tortura contra crianças e adolescentes. A ação contou com a participação de 60 policiais civis e resultou no cumprimento de 15 ordens judiciais, entre mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, em Canoas, Gravataí e Tramandaí. 47165d
Segundo o delegado Maurício Barison, titular da DPCA, seis pessoas foram presas até o momento. A operação tem como foco romper o silêncio mantido pelas vítimas e avançar na responsabilização criminal dos investigados. As investigações envolvem casos ocorridos em ambientes familiares e de convívio próximo, incluindo suspeitos como pais, avôs e instrutores. As denúncias abrangem vítimas com idades entre 4 e 14 anos. Conforme a polícia, os crimes investigados têm impacto físico e emocional significativo, com registros de consequências psicológicas como ansiedade, isolamento social, automutilação e ideação suicida.
A operação foi realizada em seis bairros de Canoas, incluindo Estância Velha e Guajuviras. Segundo o delegado Cristiano Reschke, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), a iniciativa integra as ações do Maio Laranja, campanha nacional de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes.
Reschke destacou que a atuação da Polícia Civil seguirá firme na apuração dos casos e na responsabilização criminal dos autores. O delegado também reforçou a importância da participação da sociedade na proteção de crianças e adolescentes e alertou para a necessidade de denúncias por parte de pessoas que tenham conhecimento de situações de violência e omissão.
“A sociedade precisa ver cada policial como um agente de proteção. Não podemos permitir que nossas crianças e adolescentes vivam sob o medo. É dever de todos garantir um ambiente seguro e livre de violência”, afirmou Reschke.