Pai Paulinho do Xoroquê morre em incêndio em Porto Alegre 5a7029
O fogo atingiu uma casa de madeira no bairro Higienópolis 4q266g
O babalorixá Paulo Fernando Rosa, conhecido como Pai Paulinho do Xoroquê, de 57 anos, morreu durante um incêndio na madrugada desta quarta-feira (4), em Porto Alegre. O fogo atingiu uma casa de madeira na esquina da Avenida Cristóvão Colombo com a Rua Dr. Eduardo Chartier, no bairro Higienópolis. 1y5g4s
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio teve início na parte frontal do imóvel e se espalhou rapidamente. Além de Pai Paulinho, estava na residência uma cuidadora, que sofreu queimaduras e foi encaminhada ao Hospital Cristo Redentor. Não há informações atualizadas sobre o estado de saúde dela. Outras pessoas que estavam no local também ficaram feridas.
O sacerdote, que usava cadeira de rodas em razão de um acidente vascular cerebral (AVC), não conseguiu sair da casa a tempo e morreu no local. As causas do incêndio ainda são desconhecidas e serão apuradas pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) e pela Polícia Civil.
Pai Paulinho do Xoroquê
Conforme publicado pela reportagem do site O Seguinte, Pai Paulinho do Xoroquê, era considerado um dos mais importantes representantes das religiões de matriz africana no Rio Grande do Sul. Atuava como líder espiritual em Gravataí, onde mantinha um tradicional terreiro no bairro Morada do Vale, reconhecido pela forte atuação cultural e religiosa. Também atendia fiéis em Porto Alegre, em um imóvel vizinho ao que foi destruído, que não foi atingido pelo fogo.
Em 2016, foi homenageado com o título de Cidadão Honorário de Gravataí, por proposta do vereador Dilamar Soares. Ao comentar a morte do religioso, o parlamentar afirmou: “É um amigo. Estava se recuperando bem do AVC. Visitei-o mês ado. É uma tragédia”. Soares destacou ainda o pioneirismo de Pai Paulinho: “Quando abriu a casa em Gravataí, muita gente fechava as portas. É um precursor do candomblé”. Ele informou que apresentará uma moção de pesar na Câmara Municipal.
Nota de Pesar
A Federação Afro-Umbandista Espiritualista do Rio Grande do Sul (Fauers) divulgou nota nas redes sociais lamentando a morte: “A manhã de quarta-feira amanhece triste. A religião de matriz africana perde um dos babalorixás que fez sua história no Rio Grande do Sul”.
