
Pesquisa revela percepções sobre apostas no Brasil 1m1m
As loterias são a forma mais popular de aposta no Brasil, com 47% de participação. Em seguida, vêm as rifas (25%), apostas esportivas ou “bets” (11%), bingo (10%) e cassino online, com destaque para o “jogo do tigrinho” (8%). 645c3b
Os números são de recente pesquisa conduzida pela Hibou, que revelou dados significativos sobre os hábitos de apostas no país. O estudo, com 2.839 brasileiros de todas as classes sociais, mostrou que 68% da população participa ativamente de algum tipo de jogo de azar.
A publicidade desempenha um papel crucial, com 42% dos apostadores vendo anúncios na TV, 33% no Instagram e 19% sendo convencidos por influenciadores digitais. Notavelmente, 19% dos apostadores relatam um alto nível de influência da publicidade em suas decisões de apostar.
No segmento de apostas esportivas, a escolha da casa de apostas é influenciada principalmente por recomendações de amigos e familiares (32%), reputação da marca (31%) e patrocínio do time de futebol favorito (31%). Impressionantes 71% dos apostadores se sentem mais inclinados a apostar quando seu time é patrocinado por uma marca de apostas.
O “jogo do tigrinho” destaca-se no cassino online, sendo a preferência de 69% dos jogadores neste segmento. A maioria (50%) gasta entre R$ 10 e R$ 50 por rodada, com 34% investindo entre R$ 200 e R$ 500 mensalmente. Preocupantemente, 78% dos jogadores de “tigrinho” não têm clareza sobre seus gastos totais.
Quanto aos limites financeiros, 50% dos apostadores estabelecem um limite mensal entre R$ 50 e R$ 100, enquanto 36% não têm limite definido. A frequência de apostas varia, com 42% jogando ocasionalmente e 3% diariamente.
Entre os não-apostadores (32% dos entrevistados), as principais razões para não participar incluem falta de confiança nos sistemas de apostas (44%), falta de dinheiro disponível (30%) e ausência de exemplos de ganhadores no círculo social (25%). A maioria (88%) acredita que esses jogos podem ser viciantes, com 69% considerando os cassinos online como os mais perigosos.
Os resultados são similares aos de outro estudo divulgado no início de agosto, realizado pela ENV Media. Além da percepção sobre os jogos, um dado curioso deste levantamento foi a média de esportes seguidos pelos apostadores brasileiros. Em média, os usuários das casas de apostas esportivas palpitam em três modalidades diferentes.
A pesquisa da Hibou abordou também questões regulatórias, com 73% dos não-apostadores acreditando que as empresas de jogos deveriam pagar mais impostos. Apenas 39% pensam que a legalização e regulamentação trarão mais segurança para os apostadores.