POLÍCIA

Violência contra mulher: parceria entre Saúde e Segurança agiliza ação 3y60

Termo entre secretarias agiliza ações contra feminicídio e ajuda crianças u5950

Um termo de cooperação firmado entre as secretarias estaduais de Saúde e de Segurança Pública do Rio Grande do Sul facilitará o intercâmbio de informações sobre violência de gênero, sexual, contra crianças e adolescentes, além de tentativas de suicídio entre menores. O acordo foi assinado nesta segunda-feira (19), no Centro istrativo Fernando Ferrari, em Porto Alegre, e tem como objetivo acelerar ações preventivas contra o feminicídio e ampliar a atuação das redes de proteção. 36z4g

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A parceria permite o o recíproco aos sistemas estaduais de saúde e segurança pública, integrando dados que auxiliam na identificação de casos não comunicados à polícia, mas registrados na rede de saúde. Segundo o secretário de Segurança Pública, Sandro Caron, a iniciativa visa fortalecer o combate à violência doméstica por meio da qualificação das ações de fiscalização e inteligência. “Esse acordo está em desenvolvimento desde o início do ano. Com o compartilhamento de dados, será possível localizar casos que ainda não foram notificados às forças policiais, principalmente quando as vítimas recorrem à saúde por necessidade ou receio de procurar a polícia”, explicou.

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A secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, destacou que a troca de informações busca dar mais agilidade no atendimento e prevenção. “Identificar os casos de violência é essencial para impedir que ela avance. O acordo torna mais rápida a comunicação entre as áreas de saúde e segurança”, afirmou. A ação complementa declarações do governador Eduardo Leite, que reforça a necessidade de denúncias mesmo quando as vítimas não conseguem fazê-las. Bergmann também ressaltou o papel dos Centros de Referência ao Atendimento Infantojuvenil (Crais), que reúnem equipes das áreas de saúde e segurança para oferecer atendimento integrado e evitar a revitimização das vítimas. Os Crais estão presentes em Porto Alegre, Caxias do Sul, Canoas, Pelotas, Rio Grande, Bento Gonçalves e Santa Maria.

A do termo responde a uma orientação do governador para articular todas as políticas públicas relacionadas à violência contra a mulher no estado. O secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Fabrício Peruchin, afirmou que o governo está empenhado na organização dessas ações.

Com o acordo, os profissionais de saúde poderão notificar situações de risco e atender as vítimas de forma especializada. “Já trabalhamos com dados sobre violência contra mulheres e crianças, mas agora a suspeita de risco poderá ser notificada e investigada mais rapidamente”, disse Marilise Fraga de Souza, diretora do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde.

Atenção à Saúde

Atenção Primária à Saúde tem papel fundamental na identificação precoce da violência. As equipes que atuam diretamente nos territórios, como agentes comunitários, mantêm contato constante com as comunidades, o que permite a detecção de sinais antes que ocorram eventos graves.

A subnotificação de casos permanece alta, principalmente porque muitas pessoas não procuram os serviços por medo, desconhecimento ou dificuldade de o. Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde, 76,83% dos casos notificados ocorreram na residência das vítimas. O Sinan é a plataforma oficial usada para registrar casos de doenças e agravos de notificação obrigatória, alimentada por dados de estados e municípios.

O termo de cooperação entre as secretarias reforça a integração das redes de proteção e representa um avanço no enfrentamento da violência contra mulheres, crianças e adolescentes no Rio Grande do Sul.

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